A vida num abraço

Todo o ser humano tem a necessidade biológica e natural de pertencer, de ser amado. A primeira oportunidade inicia-se com o nascer nos braços daquela que é a nossa família. No entanto, não é o grau de parentesco que une uma família, pois só o grau de amor num superlativo sem comparação, permite unir, estabelecendo um vínculo além do que gerações anteriores determinam.
A árvore genealógica pode vir de longe e não ter raízes profundas. Pode ter muitos ramos e em nenhum se abrigar um ninho.

Cuidado, muito cuidado!

Sempre que nos oferecemos ao cuidar, há um cuidado, aquele “muito cuidado!”, que se revela nas olheiras com que o espelho nos brinda: A visão do autocuidado.
Não importa o que fazemos na vida quando o que importa é a vida em que nos fazemos. E sempre que o nosso fazer / ser se oferece, por uma faísca de tempo que seja, ao outro, estamos a escutar desse mesmo outro um sussurro de cuidado que temos que ter para connosco. Só assim cuidamos.

Amorar

Walt Whitman escreveu “eu sou grande, eu contenho multidões”. Albergamos mundos infinitos dentro de nós. Somos constituídos por elementos Mor de água, fogo, terra e ar. Emoções, energia, raízes, espiritualidade, muitas vezes trancadas nas salas da casa, do corpo em que habitamos.
Apegamo-nos a coisas às quais atribuímos significado, rotulando o material com o emocional, quando na realidade o que é preciso é saber dar, saber receber de forma equilibrada. Saber o que é maior, o que é amor, o que é o mar para mim, o que é amar e como

Evoluir – Acompanhar na Ação.

É sabido que os cenários de liderança isolada, sem envolvimento do conhecimento e sabedoria de todos, são potencialmente geradores de culturas tóxicas que contribuem negativamente para o bem-estar individual e coletivo dentro das organizações. Por outro lado, a proximidade colaborativa, ainda que em ambientes de trabalho remotos, políticas de partilha de opinião e aprendizagens, mesmo que com base nos erros como oportunidade de alinhamento e de crescimento, promovem a noção de pertença de todos os envolvidos e, consequentemente, aumentam o seu bem-estar, o que aciona os motivadores internos em torno de um propósito comum. 

Enraizar

Todos temos mecanismos de proteção que foram úteis e adaptados a circunstâncias específicas. A questão é se a constante repetição desses mecanismos estão neste momento a ser eficazes, pois para nos defenderem de um desconforto criam outro maior. Ou seja, duplo desconforto. Toneladas emocionais que se carregam às costas e pelo corpo inteiro, para a nossa vida, para as nossas relações, para a forma como vivemos, acreditando que é o melhor e o que nos mantém seguros.

Gerar – Liderar a caminhada com propósito

O contacto com o tecido empresarial tem oferecido a possibilidade de perceber que o coletivo que reconhece a singularidade é mais forte, mais eficaz e mais saudável, da mesma forma que a singularidade alinhada com o coletivo é mais produtiva e gera melhores resultados. Ora, esta vinculação entre o individual e o coletivo pode bem começar na criação de canais (de tempo e de espaço) de comunicação entre as pessoas da mesma organização (talvez até possa falar de famílias e comunidades).

Vida é mar

Viver traz a incerteza do amanhã. Também o amar faz parte deste mar de vida. Resgatar, construir, ser, dar e receber algo superior. É esta a flexibilidade que nos é desafiada para crescer e ser maior, permitindo-nos conhecer e seguir numa viagem transatlântica de emoções, de história, de conquista de novos mundos. Os nossos.
De onde viemos, onde estamos e para onde queremos ir.

Prevenir – Antecipar é criar o futuro

No âmbito organizacional, garantir um espaço de bem-estar enquanto pessoa, na função, na equipa, na organização permite evoluir. Espaço este que só se constrói em relações de parceria e colaboração em que, em conjunto, as pessoas e as equipas trabalham em prol de um bem maior do que o seu “pequeno” mundo. É neste espaço seguro que cada vez mais organizações trabalham para que os seus colaboradores se sintam parte do sistema que os integra, podendo desenvolver-se enquanto indivíduos que são, caminhando no sentido da sua melhor versão nas várias dimensões da sua vida. Organizações que percebem esta importância, sabem que melhores pessoas geram melhores equipas e melhores equipas melhores empresas.

Intuir

Seguir aquela verdade, que é a nossa verdade, como algo único, pessoal, intransmissível.
Aprender a viver em conexão com o nosso mundo interior e exterior, permite-nos encontrar a verdadeira união do todo que somos. Permite-nos Ser únicos em todos os nossos mundos.

Identificar – O mapa não é o território

Cada pessoa, de forma mais ou menos consciente, desenvolve as suas necessidades, capacidades e expetativas. Clarificar estas necessidades, capacidades e expetativas permite começar a identificar a realidade, a nossa e a de quem nos rodeia, conhecendo assim as condições existentes para a criação da realidade desejada.

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