Identificar – O mapa não é o território

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“Identificar” surge como o primeiro de quatro passos a que me tenho vinculado quer no olhar para e por mim, quer na forma como abordo a relação de contributo para o desenvolvimento  daqueles que ousam ir mais além. 

Identificar: o mapa não é o território. 

Para mapear há que identificar o território. Cada pessoa, de forma mais ou menos consciente, desenvolve as suas necessidades, capacidades e expetativas. Clarificar estas necessidades, capacidades e expetativas permite começar a identificar a realidade, a nossa e a de quem nos rodeia, conhecendo assim as condições existentes para a criação da realidade desejada. Considerando que este trabalho de identificação não impacta apenas quem ousa caminhar nesse sentido, e aceitando que esse mesmo caminho leva consigo aqueles com quem lidamos (ou lideramos), esta “pausa” identitária aproxima-nos da realidade desejada, da nossa e da dos sistemas em que nos inserimos. 

Este momento de clarificação tem tanto mais impacto quanto mais aceitarmos que todas as pessoas, equipas e organizações têm potencial e podem chegar mais longe. Acreditar nesse potencial como um elemento ativador do desempenho pessoal e coletivo permite criar as condições para, ativando-o, o alinhar com a cultura e gerar melhores resultados. Claro que a noção de resultados nos leva, em primeira linha, para o contexto empresarial. E nesse contexto, esta ativação de potencial alinhada com a cultura das organizações possibilita melhores resultados. Mas não é menos verdade que estes resultados também o são individualmente considerados e, tantas e tantas vezes, ligados “apenas” ao nosso ser. À forma como escolhemos ser e viver a nossa verdade. 

Como contrariar, então, a lei da conservação da energia que nos mantém estáticos mesmo quando sentimos que é a andar que se faz o caminho? Como gerir a homeostasia, essa condição de relativa estabilidade de que os organismos necessitam para desempenharem as suas funções adequadamente e que, muitas vezes, os paralisa? Sabemos que são os índices de motivação que energizam os resultados desejados. Urge, portanto, a cada um de nós individualmente considerados e às organizações para com os seus colaboradores, conhecer os motivadores internos e externos que fazem emergir os talentos e evoluir no sentido desejado. Identificar esses motivadores é essencial para o bem estar e performances individual e coletiva. Claro que as cenouras podem continuar penduradas em canas que pescam cada vez menos resultados. E essas cenouras até podem, por momentos, fazer mover quem pende para elas. Mas será sempre verdade que usar a cenoura para fazer avançar significa continuar a considerar como burros os que queremos motivar.

Culturas em que se identificam as necessidades, capacidades, expetativas, potencial e motivadores, são culturas melhor percebidas, e uma cultura organizacional desejada apenas existe quando é percebida e praticada. A identificação individual com a cultura, permite a cada um contribuir para a sua implementação e vivência. 

Como iniciar este processo de implementação e de vivência? Identificando. Este é o primeiro passo.

Há um território para mapear. O nosso. Conhecer esse território permite avançar. Avançarmos em direção a nós mesmos. À nossa verdade. Individual e coletivamente.

 

João Laborinho Lúcio

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