O que é coaching?
Coaching é o que faço profissionalmente e ser coach faz parte da minha identidade. Mas a verdade é que ao consultar as novas enciclopédias, já não aquelas que encheram as prateleiras das nossas casas, mas antes as que se fazem de hashtags, percebemos que a palavra “coaching” arrombou portas e janelas do nosso quotidiano e nos encheu de … equívocos. Aqui não queremos equívocos sobre o que fazemos.
É comum atribuir-se o nascimento do coaching moderno a Timothy Gallwey quando, em 1974, publicou The Inner Game of Tennis, segundo o qual cada jogador tem, dentro de si, mentalmente, um adversário mais formidável do que o que se apresenta do outro lado do campo, resumindo a palavra “inner” como o estado interno de cada jogador. É, precisamente, a abordagem que o coach faz com o “jogador” sobre o seu “inner game” que permite que este remova ou reduza os obstáculos internos que o limitam, deixando, assim, emergir em si uma natural capacidade para a aprendizagem e para o desempenho.
Defendo, portanto, um coaching de base profissional, rigorosa e ética, em que os sujeitos da relação – coach e cliente – surgem em notável parceria num caminho de cocriação do máximo potencial pessoal e profissional do cliente. Esta é a minha visão do coaching. Uma visão muito em linha com a definição de coaching da ICF – International Coaching Federation: “coaching é a criação de uma parceria com o cliente, com base num processo estimulante e criativo que o inspire a maximizar o seu potencial pessoal e profissional”.
O coaching é, portanto, uma relação de parceria entre o coach e o seu cliente, também chamado de coachee, em que nenhum dos parceiros adota uma “posição alta” em relação ao outro. Nesta parceria, os sujeitos que dela fazem parte assumem papéis diferentes embora alinhados com os objetivos claramente definidos pelo cliente, que tanto podem ser de nível pessoal como profissional. No processo, o coach é responsável por compreender o quadro de referência do seu cliente (uma espécie do seu mapa mundo) e o que ele pretende atingir, criando todas as condições para que o seu cliente possa, em ambiente seguro, descobrir e ativar os seus recursos para encontrar as suas próprias soluções. E para que esta parceria se crie, o coach confia quer no processo rigoroso e ético de que é responsável, quer no seu cliente e que este tem em si os recursos para atingir os resultados a que se propõe. O mesmo quer dizer que, neste trabalho de parceria, o coachee é responsável pela sua vida, pelo seu desenvolvimento e pelo seu trabalho, sendo o coach responsável pelo processo (de coaching).
João Laborinho Lúcio
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