Sempre que nos oferecemos ao cuidar, há um cuidado, aquele “muito cuidado!”, que se revela nas olheiras com que o espelho nos brinda: A visão do autocuidado.
Não importa o que fazemos na vida quando o que importa é a vida em que nos fazemos. E sempre que o nosso fazer / ser se oferece, por uma faísca de tempo que seja, ao outro, estamos a escutar desse mesmo outro um sussurro de cuidado que temos que ter para connosco. Só assim cuidamos.
Author: João Laborinho Lúcio (João Laborinho Lúcio)
Evoluir – Acompanhar na Ação.
É sabido que os cenários de liderança isolada, sem envolvimento do conhecimento e sabedoria de todos, são potencialmente geradores de culturas tóxicas que contribuem negativamente para o bem-estar individual e coletivo dentro das organizações. Por outro lado, a proximidade colaborativa, ainda que em ambientes de trabalho remotos, políticas de partilha de opinião e aprendizagens, mesmo que com base nos erros como oportunidade de alinhamento e de crescimento, promovem a noção de pertença de todos os envolvidos e, consequentemente, aumentam o seu bem-estar, o que aciona os motivadores internos em torno de um propósito comum.
Gerar – Liderar a caminhada com propósito
O contacto com o tecido empresarial tem oferecido a possibilidade de perceber que o coletivo que reconhece a singularidade é mais forte, mais eficaz e mais saudável, da mesma forma que a singularidade alinhada com o coletivo é mais produtiva e gera melhores resultados. Ora, esta vinculação entre o individual e o coletivo pode bem começar na criação de canais (de tempo e de espaço) de comunicação entre as pessoas da mesma organização (talvez até possa falar de famílias e comunidades).
Prevenir – Antecipar é criar o futuro
No âmbito organizacional, garantir um espaço de bem-estar enquanto pessoa, na função, na equipa, na organização permite evoluir. Espaço este que só se constrói em relações de parceria e colaboração em que, em conjunto, as pessoas e as equipas trabalham em prol de um bem maior do que o seu “pequeno” mundo. É neste espaço seguro que cada vez mais organizações trabalham para que os seus colaboradores se sintam parte do sistema que os integra, podendo desenvolver-se enquanto indivíduos que são, caminhando no sentido da sua melhor versão nas várias dimensões da sua vida. Organizações que percebem esta importância, sabem que melhores pessoas geram melhores equipas e melhores equipas melhores empresas.
Identificar – O mapa não é o território
Cada pessoa, de forma mais ou menos consciente, desenvolve as suas necessidades, capacidades e expetativas. Clarificar estas necessidades, capacidades e expetativas permite começar a identificar a realidade, a nossa e a de quem nos rodeia, conhecendo assim as condições existentes para a criação da realidade desejada.
Objetivos?
Parece, então, que devemos definir os nossos objetivos e que os mesmos devem ser claros e específicos. Devemos saber o que representam para nós e como medir o sucesso da nossa jornada em sua direção. E devemos também considerar a viagem como tendo uma importância pelo menos tão grande quanto alcançar o destino. Por outras palavras, talvez seja um bom objetivo aprendermos a viver de acordo com os nossos objetivos desde o momento em que os definimos e não apenas quando, e se, os alcançarmos.
Coaching Pessoal
Ia já neste caminho de entrega partilhada, quando comecei a receber dos clientes, com quem ia partilhando jornadas, as suas definições de coaching, tanto como definição em si como em forma de partilha de história caminhada em parceria. Guardo com particular carinho a definição de coaching que foi, exatamente, a sua não definição.
E agora … outra vez?
De facto continuamos a viver tempos de adaptação, de mudança, em que muito do que sempre tivemos por certo é colocado em perspetiva. Uma perspetiva que fica toldada pela “troca de bolas” entre o “vai tudo voltar a ser como era” e o “já nada vai voltar a ser como era”.
A incerteza da espera
O que espera a incerteza e que incerteza tem a espera?
“O que esperar de um futuro incerto?” é uma pergunta que escuto regularmente em contexto empresarial.
Sabendo-se que o futuro sempre foi incerto, por que razão a pergunta nos atormenta neste presente?
Talvez porque, nestes dias de calamidade e de urgência, confirmamos que a incerteza do futuro é real. Ao sermos convidados para o presente e nos ser oferecida a informação de que o dia de amanhã ainda está por inventar e que tudo pode mudar e muda de um momento para o outro, as nossas “melhores práticas”, aquelas que sempre funcionaram, de “melhor” podem ter muito pouco. As coisas mudam. A vida muda. Os negócios mudam. A espera trouxe-nos a incerteza.
Às perguntas me confesso
É aqui que entram as perguntas que desafiam o nosso pensamento atual, aquele que contruímos ao longo dos anos e a que nos fomos acomodando. Talvez seja chegado o momento de revermos que respostas queremos dar e o que essas (novas ou velhas) respostas nos estão a querer dizer. Essas respostas transportam a mensagem do que estamos dispostos ou disponíveis para fazer.